Segóvia – o que ver
Segóvia tem bastante coisa interessante para ver, mas como tudo está bem pertinho, é possível conhecer os lugares mais interessantes em um dia. Passamos dois dias lá e achei o ideal, assim não precisamos fazer tudo correndo. A cidade é bem fácil de ser visitada e, para quem precisar, conta com escritórios de informação turísticas perto dos principais pontos, como o Aqueduto e a Plaza Mayor. Eu sempre acho que vale a pena passar nesses centros de informação porque você ficar sabendo de alguma coisa que te atrai pessoalmente, mas que não faz parte do top 10.
Em Segovia, por exemplo, há roteiros pela cidade de bicicleta e a cavalo e visitas a uma fábrica de whisky que pode incluir degustação. Nós ficamos somente no básico, mas quem quiser mais informações sobre esses programas, o site de Turismo de Segovia é bem completo.
Por que Segóvia merece a visita? Aqui estão cinco pontos principais:
– O Aqueduto (ou Acueducto).
Sem dúvida, é o maior símbolo da cidade e não é pra menos, já que o Acueducto de Segovia tem mais de 2.000 anos de história (se estima que foi construído no ano I. d.C) e é um dos aquedutos mais bem conservados do mundo, tendo sido usado até recentamente. Criado pelos romanos, o acueducto possui 167 arcos e é uma das maiores obras de engenharia do país, levando a água da serra até a cidade.
Sua altura máxima chega aos 28,10 metros e o mais incrível é que não foi usada nenhuma argamassa: ele funciona apenas com base no equilíbrio e encaixe das pedras! A construção é Patrimônio da Humanidade e, se puder, merece ser visitada tanto de dia, quando se podem observar os detalhes, quanto à noite, quando a iluminação deixa o Acueducto ainda mais bonito.
Como se trata de um monumento construído no meio da cidade, não se paga nada para ver o Acueducto, mas também são oferecidas visitas guiadas, pagas, em que se pode aprender mais sobre ele.
– Alcázar.
Sem dúvida, foi o que mais me impressionou. Não vou mentir, o Acueducto é incrível, mas quando se pensa em Segovia, ele é a primeira coisa que vem à cabeça. Já sobre o Alcázar eu não sabia nada e foi uma tremenda surpresa.
O Alcázar de Segovia é um forte com nove séculos de história, já que os primeiros documentos encontrados sobre sua existência datam de 1122. Durante a Idade Média foi uma das residências dos reis de Castilla e assim permaneceu durante outros reinados. Mais tarde serviu como prisão e hoje em dia pode ser visitado.
Ele impressiona de fora, embora o namorado espanhol diga que sou facilmente “impressionável” com castelos e construções com séculos de história porque não nasci em uma cidade cheia deles; mas eu realmente recomendo a visita por dentro; já que muitos espaços estão mobiliados e é possível ver diversos objetos da época, incluindo uma área que se assemelha a um museu, com armaduras e armas de guerra.
Nós escolhemos fazer a visita guiada e curtimos muito. A entrada custa 7€ ou 8€ – caso seja guiada.
Subir na torre deixa qualquer um sem fôlego, mas a vista é bem bonita! Mas já aviso que no inverno faz um frio danado em Segovia. Mais info aqui.
– Catedral
Não só a Catedral, mas o seu entorno é parada obrigatória porque ela está no coração da cidade, a Plaza Mayor, que é muito charmosa, com seu coreto e edifícios históricos e cheia de bares e restaurantes. Seja de dia ou à noite, a Plaza Mayor está movimentada, cheia de turistas de todas as partes do mundo.
O grande destaque da Plaza Mayor é a Catedral, que foi construída no século XVI (as obras seguiram até o século XVIII), depois de a original ter sido destruída no século XII. Por fora ela impressiona, especialmente à noite. Por dentro, ela não correspondeu às nossas expectativas, mas tem como principal destaque contar com obras de arte de artistas espanhóis renomados.
A entrada custa 3€.
– Barrio Judío
O bairro judio está ali, pertinho da Plaza Mayor. Os judios moraram nessa parte da cidade entre os séculos XIII e XV e deixaram uma série de marcas em Segovia (e na Espanha, em geral), tanto na arquitetura, como na arte, etc. O mais bacana é caminhar pelas ruas estreitas de uma cidadezinha medieval que conservou muito daquela época e que dá uma sensação de voltar no tempo. Há um Centro Didático da Judería, que conta toda a história dos judeus na cidade, mas que infelizmente não deu tempo de visitarmos.
– Calle Juan Bravo
A Calle Juan Bravo começa praticamente perto do Aqueduto e vai até a Plaza Mayor. Em seu recorrido, há alguns edifícios históricos muito bonitos, restaurantes com décadas de história e lojas turísticas, sem contar os artistas de rua e vendedores ambulantes. Um dos edifícios mais bonitos, na minha opinião, é a Iglesia de San Martín, construída no século XII e bem diferente de todas as igrejas que já vi. Do lado, está um pracinha e tivemos a sorte de estar lá em um dia de manifestações pela educação, então estava tudo bem movimento, cheio de música, crianças e famílias.
Tudo isso pode ser visto em um dia, mas se puder ficar dois é ainda melhor. Mesmo porque um dos principais atrativos de Segovia é o asado de cochinillo, ou seja, leitão assado. E depois de comer um leitão, é impossível ficar andando para cima e para baixo – experiência própria!
Se você não quer perder tempo e prefere fazer uma visita guiada pela cidade (que inclui transporte saindo de Madrid), aqui vão algumas opções:
Mais sobre onde comer em Segovia no próximo post!
Adorei. estive em Segóvia e meu marido comeu numa doceria chamada Aquecduto, um doce chamado crounix, pelo menos foi o que entendi, rsrrs era um doce de massa folhada, ele amou, queria fazer mas não encontro nada na internet. Se puder pode me ajudar?
Oi, Aparecida. Confesso que não conheço esse doce, mas procurando achei no site da pasteleria Acueducto: http://www.pasteleriaacueducto.net/#!pasteleria-on-line/c1wyu Você pode tentar procurar a receita, mas não sei se será fácil encontrar porque não é um doce popular, não. Um abraço!